Quem sou eu

- Tatiana Fernandes
- ELA TEIMOU E ENFRENTOU O MUNDO SE RODOPIANDO AO SOM DOS BANDOLINS... ELA SE JULGAVA AMADA AO SOM DOS BANDOLINS...
11.5.11
10.5.11
8.5.11
Sentei na cadeira e ouvi o primeiro sinal. Estou no meu papel atual de espectadora.
Segundo sinal tocou e eu estava ainda distante, intoxicada com o doce cheiro do Teatro.
Veio o terceiro sinal e as cortinas se abriram. Estava próxima daquilo que chamo de lar, porém não fazia parte dele.
Durante 1 hora e meia celebrei junto com aquela equipe a parceria de se fazer arte.
"Arte não se faz sozinho" - eu sempre digo.
Desempenhei minha função de platéia com o mesmo esforço que costumei desempenhar minha função de atriz.
Sou um peão do Teatro, mesmo que por forças que ainda não consegui decifrar, aceitando a condição de estar do lado de fora da cortina...mas tomei uma rasteira...
Acabou a peça e vieram os aplausos.
Chorei.
Segundo sinal tocou e eu estava ainda distante, intoxicada com o doce cheiro do Teatro.
Veio o terceiro sinal e as cortinas se abriram. Estava próxima daquilo que chamo de lar, porém não fazia parte dele.
Durante 1 hora e meia celebrei junto com aquela equipe a parceria de se fazer arte.
"Arte não se faz sozinho" - eu sempre digo.
Desempenhei minha função de platéia com o mesmo esforço que costumei desempenhar minha função de atriz.
Sou um peão do Teatro, mesmo que por forças que ainda não consegui decifrar, aceitando a condição de estar do lado de fora da cortina...mas tomei uma rasteira...
Acabou a peça e vieram os aplausos.
Chorei.
1.5.11
Era como se eu não conseguisse mais respirar. Engoli aquela pedra sem nem colocar um salzinho, achei mais vantajoso engolir a seco.
Enquanto meu silêncio se transformava num abismo, uma mariposa gigante sobrevoava enlouquecida ao meu redor como se quisesse falar por mim.
A mariposa posou no meu ombro. Senti medo no início, depois compaixão. Nos tornamos um só. E ela também silenciou-se.
Enquanto meu silêncio se transformava num abismo, uma mariposa gigante sobrevoava enlouquecida ao meu redor como se quisesse falar por mim.
A mariposa posou no meu ombro. Senti medo no início, depois compaixão. Nos tornamos um só. E ela também silenciou-se.
Olhei o copo na mesa. Cheio. Whisky puro. Bebi num gole só. O despertador tocou.
Olhei o copo na mesa. Cheio. Bebi sem saber o que era. O despertador tocou.
Olhei o copo na mesa. Não bebi. O despertador tocou.
Olhei o copo na mesa. Bebi e cuspi. O despertador tocou.
Não olhei, mas o copo estava lá. O despertador tocou.
Olhei a mesa. Não havia nada. O despertador tocou.
Olhei. Haviam vários copos, alguns cheios, outros não. Admirei, mas não bebi. O despertador tocou.
Olhei os vários copos na mesa. Bebi todos, até não restar mais nada. O despertador tocou.
Olhei os vários copos na mesa. Bebi aquele que me mandaram beber. O despertador tocou.
Olhei os vários copos na mesa. Bebi o único que me interessava. O despertador tocou.
Quem toca é o despertador ou sou eu que o toco?
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